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A História do Continente Africano

A África na Antiguidade

A África é considerada o berço da humanidade, pois por meio de longas pesquisas e estudos a partir de fósseis de hominídeos descobriu-se que o primeiro ser da espécie Homo sapiens surgiu neste continente.
O registro escrito da história da África ocorreu somente depois que outros povos de outros continentes começaram a registrar o seu conhecimento sobre os povos africanos, com exceção do Egito, Axum e Monroe que já tinham sua própria forma de registro escrito. Mesmo assim, pouco se sabe sobre a história da África de antes do Século X, quando esta começou a ser datada.
O Egito foi o primeiro estado a ser constituído na África há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos e cidades-estados foram surgindo ao decorrer do tempo neste continente.
A atual área do Deserto do Saara (que era bastante fértil nos tempos antigos) foi um dos primeiros locais a se praticar a agricultura. Contudo, após sua desertificação, a população do Norte passou a se concentrar nas proximidades do Rio Nilo.


Colonização Européia

A África sempre teve parte de seu território dominado politicamente e explorado por povos europeus e asiáticos. Desde a Antiguidade havia colonização na África, quando os fenícios estabeleceram colônias no mediterrâneo até as potências européias da Idade Moderna que buscavam rotas para as Índias.
O desejo de se aproveitar do primitivismo do povoado africano para a obtenção de escravos e exploração dos recursos da terra resultou na Colonização Européia dos povos africanos.
Mas foi a partir do século XV que esse processo de colonização se intensificou. O monopólio da rota marítima do mediterrâneo incentivou Portugal (que acabara de se unificar) a procurar rotas alternativas para o comércio das especiarias do oriente. A rota encontrada pelos portugueses foi o contorno pelo litoral africano até a Índia.
Durante esse longo período foram criadas feitorias e portos para monopolizar o comércio daquela região. As feitorias além de centro comercial eram pontos de apoio à navegação, possibilitando o alcance de pontos cada vez mais distantes no litoral africano. Os principais produtos comercializados nessas feitorias eram as especiarias do oriente, o tráfico de escravos para as plantations na América e o ouro da costa da Guiné. A Expansão Marítima foi de grande auxílio para a colonização européia no continente.
Na África da época, também existiam muitas tribos primitivas. Havia muitas guerras entre estas tribos, nas quais a os sobreviventes da perdedora tornavam-se escravos da vencedora.
Com a colonização das Américas surgira mais um prejuízo para os habitantes africanos: o Tráfico Negreiro, em que eram buscados negros da África para trabalharem como escravos em outras colônias européias. Tais escravos eram adquiridos a partir de negociações com as tribos vencedoras das guerras , que os trocavam por mercadorias de pouco valor na Europa (exemplo: tabaco e aguardente).

Escravos africanos eram comercializados para todas as partes do mundo

Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do continente americano, no século XVIII, as potências européias começaram a dominar administrativamente várias áreas da África, assim como da Ásia, para expandir o comércio em busca de mão-de-obra, matéria-prima e mercado consumidor.
Neste período a África e seus povos foram divididos a partir dos interesses de seus colonizadores europeus, o que fez com que tribos aliadas fossem separadas e tribos inimigas unidas em um mesmo território, o que só prejudicou a situação dos conflitos internos na África.
Após a Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a conquistar sua independência, e formar os atuais países existentes no continente africano.


O Apartheid

Na África do Sul, por mais que sua população fosse constituída de maioria negra, os brancos, que tinham privilégios, detinham todo o poder político e tinham seus próprios e melhores direitos civis. Essa atitude de segregação da população negra na África do Sul veio a ser denominada de Apatheid, e foi iniciada em 1911.
Em 1948 a política de segregação racial foi oficializada, criando direitos e áreas residenciais para brancos, negros, asiáticos e mestiços.
Em 1950 foi criado o CNA (Congresso Nacional Africano) que é um partido político contra o Apartheid. Seu líder era Nelson Mandela. Diante de tal situação, cresceram o descontentamento e a revolta da maioria subjugada pelos brancos. Os choques tornaram-se frequentes e violentos, e as manifestações de protesto eram decorrência natural desse quadro injusto.
Em 1960 o CNA foi considerado ilegal pelo governo e, seu líder, Mandela, preso.
De 1958 o 1976, a política do Apartheid foi se fortalecendo, por mais que houvesse rebeliões negras.
A comunidade internacional pressionou a favor da abolição do Apartheid.
Em 1992, Frederik de Klerk aboliu as leis discriminatórias e libertou Mandela.
A partir de 1994 até hoje o CNA governa o país.


O Processo de Descolonização

Na metade do século XX o fim da Segunda Guerra Mundial havia fustigado a Europa, e a deixou sem condições para continuar a manter um domínio econômico e militar nas suas colônias. Tal fato associado aos movimentos independentistas que ocorriam levou as antigas potências coloniais a negociarem a sua independência, iniciando-se a descolonização.
Os primeiros a contemplar tal feito foram o Egito nos anos 20, além da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países europeus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, foram se agravando, e os países hegemônicos foram aos poucos perdendo o controle sobre os territórios de sua administração. Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos que lutavam em busca da independência política. Essa onda libertária se dispersou por todo o continente e perdurou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento de pelo menos 49 novas nações africanas. Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos. Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência política. No entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia, que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais. Tal desatenção desencadeou uma série de conflitos em distintos lugares da África. Com a instauração das novas fronteiras, algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatores que colocaram em risco a estabilidade política na região. Infelizmente, tal situação perdura até hoje.

Autores: Anna Gabriella, Bernardo e Pedro Paulo



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